««« VERSÃO "ONLINE" DO NOSSO LIVRO DE CURSO »»»

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

José Duarte


O que foi dar aulas ao TC2?
Aqui vão estes tópicos, como ajuda:
1. As primeiras impressões que tiveram da turma.
2. No final do ano, a impressão com que ficou da turma.


O que foi dar aulas ao TC2

Afastando da memória um certo “nevoeiro” (os professores, à medida que vão ficando “menos novos”, vão ficando mais balhelhas...), o que me ficou (positivo! Positivo!) foi um grupo de gente que, tendo na maioria nos anos anteriores uma má experiência escolar, com resultados fracos, um ou outro chumbo até, e a consequente desmoralização (em Psicologia isto chama-se baixa auto-estima), assumiram, perante um projecto diferente, não generalista, mas pensado e acompanhado em função das pessoas concretas interessadas, com preocupações de sintonia. Com necessidades de formação profissional (estudadas, um grupo de gente - dizia eu - encontrou em si vastas energias e massa cinzenta para, naturalmente no meio das dificuldades, “partir para outra”, “virar a página”, “arregaçar as mangas”, dizer “eu seja cão se não for capaz...!”
Este arreganho, estas energias e capacidades que vêm à tona quando se faz por isso, eis o mais grato que recordo. E é isso que estou certo, deve ter permitido, dois anos após os vossos caminhos se terem, pelas vicissitudes da vida, afastado, a todos (espero!), senão pelo menos a muitos, o sucesso a que têm direito e para o qual se revelaram capazes quando anteriormente se calhar alguns disse duvidaram... Faz-me lembrar uma vez em que, ao receber 15 num teste de Matemática, uma bonita aluna minha dizia ao namorado: “Eu bem te disse que não sou parva!...”
Esta capacidade vossa, da malta jovem, é a gasolina que alimenta o motor de um Zé Duarte, enquanto professor, acreditem!
Talvez vos seja útil no futuro, num emprego, ou com um filho ou a mulher/marido, nos bons ou nos maus momentos (que calham a todos...), acreditar na perfectabilidade do próprio e dos outros, não condenar, “sem provas”, os outros a ser burros ou incapazes, acreditar que até certo ponto é sempre verdade que “querer é poder”, e dar dessa convicção sinal aos outros, sobretudo quando eles “estão na fossa”, são fracos ou pouco confiantes. Só com esta utopia a nossa vida pode melhorar um bocadinho. Valeu?
Um abraço

Sem comentários: